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terça-feira, 24 de maio de 2011

Frutose

frutose
Os carboidratos são a principal fonte de energia para a maioria das células do organismo. Além de serem responsáveis por 50 a 70% da energia proveniente da alimentação normal de uma pessoa, os carboidratos também são utilizados como fonte para formação de determinadas estruturas das células e depósito de energia do nosso corpo.
Os monossacarídeos são um tipo de carboidrato simples, mais conhecidos como açúcares. Esse artigo comentará um pouco sobre um açúcar específico: a frutose.
A frutose (também conhecida como levulose) além de ser encontrada sob forma isolada na natureza, também faz parte como componente de outros tipos de carboidratos de moléculas mais complexas, como a sacarose, a inulina e a rafinose, por exemplo.
A frutose é o monossacarídeo predominante em várias frutas, incluindo maçãs, laranjas e melões. Por isso, seu nome é originário da palavra latina fructus, já que as frutas são uma importante fonte de frutose. Esse açúcar também pode ser encontrado em outros tipos de alimentos, como leguminosas (soja, ervilha, lentilha e feijão) e outros vegetais (repolho, cebola, alho, entre outros). Outra importante e conhecida fonte alimentar desse açúcar é o mel feito do néctar das plantas, o qual fornece a maior concentração de frutose (aproximadamente 42,4% do peso total do alimento contém frutose na forma livre), sendo considerado um adoçante natural.
Pelo fato da frutose ter um potencial poder adoçante (sendo considerado o mais doce dos açúcares), as indústrias alimentícias vêm utilizando esse nutriente com a função de aumentar a palatabilidade dos alimentos. Dessa forma, a frutose vem sendo adicionada em doces, bebidas e frutas industrializadas. Alimentos produzidos em confeitarias têm em média de 1 a 2% de frutose. Porém, se esses alimentos apresentarem frutas na sua composição, a quantidade de frutose pode aumentar para cerca de 11%.
O uso desse tipo de carboidrato na dieta de diabéticos foi preconizada pela possível substituição da glicose por frutose, pelo fato desta possuir uma estrutura química semelhante à da glicose, e não necessitar da insulina para o seu metabolismo. Portanto, a frutose não estimula diretamente a secreção de insulina (mecanismo o qual é deficiente nos diabéticos), além de possuir um baixo índice glicêmico. A frutose presente na dieta produz menor aumento na glicemia (glicose circulante no sangue) quando comparada a quantidades de outros carboidratos (como sacarose e amido, por exemplo).
Esse efeito foi considerado benéfico, e por isso a frutose foi recomendada como adoçante aos diabéticos. Entretanto, não existe consenso em relação ao uso desse açúcar entre os especialistas em diabetes. Os autores contrários ao uso consideram que o emprego descontrolado da frutose resultaria em produção de glicose pelo organismo, e, consequentemente, aumento da glicemia. A tendência atual é aceitar a frutose como adoçante, uma vez que dietas com restrição de carboidratos não são bem aceitas pelos diabéticos. Portanto, pela pouca interferência nos níveis de glicose sanguínea, a frutose se torna uma alternativa para diabéticos que apreciam alimentos doces.
Outras pesquisas demonstraram que a frutose está associada ao aumento dos níveis de triglicerídeos e colesterol, por também ser precursora de gorduras. Ela estimula a atividade de enzimas no fígado resultando em maior síntese de lipídeos, e, como consequência, níveis mais elevados de gorduras totais e de lipoproteínas de muito baixa densidade (conhecidas como VLDL).
Outros efeitos ocasionados pelo excesso de frutose no corpo relatados em estudos são: aumento de ácido úrico circulante no sangue (principalmente em pessoas hipertensas), ganho de peso, esterilidade e desenvolvimento de doeças neurodegenerativas (como demência e mal Alzheimer).
O aparecimento dos efeitos colaterais associados ao uso de frutose deve servir de alerta para a necessidade de consumo controlado, mesmo havendo poucos estudos divulgados sobre o efeito maléfico do alto consumo desse monossacarídeo em humanos. A ingestão de frutose deve ser feita cautelosamente, sob orientação de um profissional da saúde qualificado

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